quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Muda

É difícil imaginar quando, em alguma época de nossas vidas, mudamos de pessoa. Damos um salto qualitativo ou involutivo, quase sempre beirando a neurose. Diriam ser este o trabalho de sondagem dos psicólogos. Ou dos escritores, poetas, filósofos...

A verdade é que isso acontece, não como gostaríamos ou poderíamos prever. O que resta é saber levar. Lamber as margens como um rio, que corre porque ainda não secou. E disso os peixes, os homens, e todo o ecossistema ao redor precisa. Persistir então. Pelo bem do leito.

Adequar-se a novas situações, mesmo que sejam incompreensíveis num primeiro momento. Fazer como os passáros, não se preocupar com a muda, pois inevitavelmente passará. E assim com num ciclo, entre cantos (encantos) e prostração, viver, voar.

Talvez seja essa a roda da existência, tão simples quando prestamos atenção nos exemplos de nossa evolução. Aprender com o tatu-bola, minhoca, cachorro, planta, terra e criança. A lição da qual nunca saberemos, caso contrário não existiriam, ou estatriam em voga, os psicólogos. Ou escritores, poetas, filósofos...